E a crise me pegou

Depois da festa da posse e os 2000 quartos do hotel cheios agora chegou a hora de ter a experiência de saber sobreviver na crise economica americana. Não que eu realmente quissesse participar deste outro momento histórico americano, mas não tive muita escolha.

Esta semana vamos ter seis dias de folga no hotel, praticamente um tempo de férias. E o dia de trabalho foi domingo, então agora temos que esperar até quarta-feira pra ver como vai estar a situação na próxima semana. Isso desanima, principalmente porque a gente tem que pagar o aluguel de onde a gente mora, além de comida. E agora estou procurando um second job por aqui meio que desesperadamente*.

* Mas não se preocupe mãe, não estou passando fome, a única coisa que posso perder no máximo é um dia de passeio na Disney ou algum tênis barato.

Em um parque perto de Crystal City.

Essa semana vou aproveitar pra passear no hotel fingindo que eu sou uma hóspede chique e metida. Também quero tentar ir no zoológico e no memorial de Thomas Jefferson.

Das coisas que eu fiz esse meio tempo foi trabalhar muito, ir numa festa punk e ir pra Baltimore no dia do valentine's day.

A festa punk eu vi numa propaganda no metro, quase todas as meninas do housing foram. Chegando la, maquiagem e cabelo de graca, mas tudo de punk. Foi engracado, principalmente na volta que a gente veio assustando o pessoal do metro numa bela sexta feira 13. Tinha umas pessoas que realmente atravessavam a rua ou mudavam de vagão do metro quando viam a gente. Demos muitas risadas com isso.

As bruxas e o maquiador.

Pra Baltimore fui eu a Denise e o primo dela. A cidade é a uma hora daqui, muito badalada, ainda mais nesse dia nos namorados. Fomos pra uma boate onde podia menores de 21 pra Denise poder entrar, mas ela não recebe a pulseira de quem pode beber.

Na balada em Baltimore.

No trabalho, completei um mês de ralação e entre outras coisas aprendi:
- que aspirador de pó é uma coisa desnecessária;
- que antes do trabalho devemos ir nos quartos ver se tem gorjeta antes que os housemans façam esse serviço;
- a agradecer com um "do not disturb" na porta;
- que é humanamente impossível limpar 16 quartos em 8 horas do jeito que deveria ser, por isso nunca confie em um hotel totalmente.
- que você pode fazer a feira em um dia de check outs, que é quando você limpa o quarto da pessoa que vai embora.

Um dia que entrou na história

Hi!

Estas duas semanas últimas semanas foram repletas de emoções e muito trabalho.


A posse do Obama estava chegando e o hotel começou a lotar. Aos poucos vários boatos surgiram de que várias pessoas iam ficar no hotel. Eu estava torcendo pro Tom Hanks ou pra Shakira, mas os confirmados eram a família do Obama e o Nelson Mandela. Na segunda, dia 19 um baile de despedida com o Bush também agitou o hotel. Limpamos vários quartos com chepéus e coisas do Texas estes dias. O serviço secreto não tão secreto instalou aqueles detectores de metais no dia e todo mundo foi revistado. Não dava pra levar cameras nem nada desse tipo.
Uma amiga limpou um dos quartos da família do Obama, que devia ser uma tia-avó ou algo assim e o papel higienico tinha a logo da casa branca. Ela ficou chocada e chamou um monte de gente pra ver. Imagina que chique se limpar com a logo da casa branca?



Nisso, o pessoal do Gaylord endoidou. Em uma semana passamos a fazer de 8 quartos por dupla para 16 quartos sozinhos. Só agora estou começando a conseguir terminar os quartos no horário.



Nossos calendários de trabalho saem todos os domingos e até o dia 18, a gente tinha certeza que não ia dar certo de ir pra posse do Obama, porque nas semanas anteriores a gente tinha trabalhado nas terças e porque a gente achava que nesses dias o hotel ia precisar muito da gente. Mas foi engano nosso pois recebemos folga geral no dia 20!



A gente sabia que ia estar uma bagunça total. A gente sabia que ia ter que acordar cedo por causa disso. E a gente sabia que podia morrer (o jornal do dia estava com uma manchete tipo "5 ameaças terroristas esquentam o primeiro dia de Obama), mas a gente simplesmente tinha que ir. A nossa folga no dia era certamente o maior sinal disso.



Então, no dia seguinte saímos as 8 meninas loucas do housing em um frio congelante às 7 da manhã para o metro. O bom é que nossa estação é a primeira, então só pegamos o trem lotado e não o entupido de gente que não cabia mais nenhum dedo, que foi o que chegou na estação perto do capitólio. Pra sair da estação levamos quase uma hora, mas o espírito de posse já estava lá. Fomos treinando nossos gritinhos de guerra pro Obama, vendo a agitação, as pessoas felizes e sorridentes.



Quando saímos fomos andando para o capitólio, não estava mais tão apertado, mas eram muitas pessoas por todos os lados... Então entramos numa fila que parecia dar em algum lugar mais perto. Mas eram as pessoas que tinham ingressos e tivemos que voltar. Lutamos por vários pedacinhos de terra que fossem um pouquinho mais altos pra poder ver os telões, mas era difícil. Eu até subi num poste, mas de 5 em 5 minutos eu cansava.
Nesse meio tempo, tentamos entrar na fila que parecia dar em algum lugar de novo e eu nem sei porque, mas novamente mandaram a gente voltar pra mesmo lugar. Foi então que passou do nosso lado um carro com o perdedor McCain. A gente até tentou tirar fotos e sair correndo atrás, mas não deu tempo. Só ficamos no grito mesmo.





Vimos a Aretha Franklin, o coral dos meninos de São Francisco e a chegada de carro do Obama, mas ainda não estávamos satisfeitas com as nossas posições. Depois de um tempo rodando pela multidão vimos um pessoal pulando uma grade que dava pra uma muretinha do museu do índio americano, onde realmente tinha uns indios tocando uns tambores não sei porque... Acho que eles queriam chamar a atenção, quem sabe o próximo presidente não é descendente de índio? O espírito de brasileiro não desisto nunca se apossou e lá fomos nós pular a cerca proibida.



O lugar era perfeito, dava pra ver dois telões e toda a multidão, mas nossa alegria não durou muito. Em meia hora a polícia já estava espantando o pessoal de lá. O bom é que a gente tinha duas bandeiras do Brasil com a gente, caso a polícia tivesse dúvida pra onde deportar aquele bando de violadoras da lei. Mas não falaram nada pra gente, só que a gente tinha que sair dali. Em meio dos gritos de "Yes, we can!" eu só pensava que eu no nosso caso a gente não podia nada.



Começaram alguns discursos de pessoas que devem ser importantes mas eu não fazia idéia de quem eram. A gente ficava na pontinha do pé o tempo todo, pensando que nossa participação na história seria seriamente inibida por aqueles 2 milhoes de pessoas que cercavam a gente. E então, do nada, os portões que estavam bloqueando a entrada para as pessoas com ingresso se abrem e começa a todo mundo ir pra lá. Maior correria, a Stella levou maior tombo, mas chegamos vivas para poder gritar quando chamaram o Obama e pra ouvir o discurso.



Foi bonito. As pessoas choravam e faziam shhh quando ouviam outras pessoas conversando ou a gente rindo do tombo da Stella. Eu e a Babi tentamos nos infiltrar na multidão pra ficar mais pra frente, mas não deu muito certo. Então paramos em um lugar que dava pra ver o telão.





Estávamos assistindo a história naquele momento.
Eu posso falar pros meus filhos que eu estava lá quando eles estudarem isso em livros de história que vão ser mais longos que o meu.
Eu posso dizer que estava frio demais.
Eu posso dizer "yes, i was there".
Eu fui uma figurante, mas foi muito emocionante. (olha, rimou.)



Só espero que ele melhore um pouco a situação agora. Pior que o Bush é complicado alguém ser...



Depois a galera começou a se dispersar e nós fomos para o lago congelado que tem na frente do capitólio. Tava todo mundo subindo no lago congelado! E é claro que eu também ia. Mas quando eu olho pra trás, não vejo mais ninguém das brasileiras. Ótimo. Posso dizer que não é aconselhável se perder de seus amigos no meio de 2 milhões de pessoas. Você pode não encontrá-las.



Eu não encontrei. Então resolvi ir para o cemitério de Arlington, que era um lugar que eu queria ir, onde estão enterradas mais de 300 mil pessoas. Foi um dia de multidões, de vivos e de falecidos. Foi triste, mas era um lugar muito bonito e tranquilo. John Kennedy e outros presidentes estão enterrados lá.




Depois voltei pra casa, muito cansada mas muito feliz.
No hotel peguei todos os jornais do dia 20.

Washington News

No jornal do Gaylord, as novas estrelas!

Acho que ficar sem atualizar esse blog é mais difícil do que atualizar todo dia. Eu fico perdidinha quando tenho que voltar a escrever... Fora que eu não lembro de mais nada do que eu fiz direito... ou a ordem destas coisas.

Então, vamos tentar uma regressão aqui. Olhe para o relógio.... Você está com sono...volte a 12 dias atras...

Dia 4 de abril, às 23:56 - cheguei em Alexandria, VA, meu novo lar doce lar. Sim, estou em um outro estado e todo dia "viajamos" para National Harbor, que é onde fica o Gaylord National, o hotel que a gente vai trabalhar. Washington fica a 5 minutos de metro, mas pra chegar no metro são uns 10 minutos a pé do hotel que a gente está ficando.

Quando cheguei as outras 3 brasileiras que estão no mesmo quarto que eu já estavam quase dormindo, mas logo que cheguei acordaram e me receberam super bem. Agora não tenho mais a mordomia de um quarto só pra mim, em compensação, dou muita risada por aqui, porque era meio chato conversar sozinha no meu quarto em Doswell, minhas piadas internas eram super sem graças.

Duas são cariocas, a Babi e a Stella e a outra é mineira, a Denise. Agora já estou acostumada com o vocabulário carioquês e acho que elas também já se acostumaram com o meu r caipira.

Iriamos começar o treinamento no dia 6 de janeiro, por isso, no outro dia todos tivemos tempo de arrumar melhor as coisas e comprar o sapato preto que faltava... São 28 estudantes aqui no total, sendo que 23 são brasileiros e 5 são argentinos. Pra levar todo mundo a gente tem uma van que todos os dias faz duas viagens de ida e volta pro hotel.

Dia 6 de abril, às 9 horas da manhã nosso treinamento no hotel começou. Na verdade era mais pra saber do hotel, o que cada departamento faz, quais são os valores, o que devemos fazer em diversas situações. Lá o departamento de endomarketing fez um super trabalho chamando todos os funcionários de STARS, e eu sei que essas coisas são meio motivacionais, mas comigo funciona, eu me sinto super motivada!

É claro que o almoço quase de graça, (a gente tem direito a 3 dólares de comida sendo que podemos escolher entre pizza, hamburguer ou comida de verdade e isso dá uns 2 dólares, além de também ter sobremesa), e bebidas de graça e academia de graça e desconto em todas as lojas do hotel também ajudam nesta motivação.

Mas lá o pessoal é muito legal. E o hotel é maravilhoso, muito melhor do que aquelas fotos do site ou mesmo as que eu colocar. É mesmo uma cidade e todo dia eu consigo me perder em um corredor diferente. Pra quem assistiu O cubo pode saber do que eu estou falando. Parece que cada dia os lugares aparecem do nada ou mudam de lugar.

Ao todo são 2 mil quartos, mais de 800 pessoas trabalhando lá, direta ou indiretamente. Só de housekeepers são uns 300 no total.

Uma das vistas de dentro do hotel. As casinhas são uma loja de pijama e uma de tranqueiras.

Essa semana começamos com o treinamento nos quartos de verdade, conhecemos os quartos conceitos e o presidencial, que sao praticamente a minha casa inteira só que com mesa de sinuca e piano e decobrimos que pra ficar no presidencial você só precisa pagar 12 mil doláres na semana da posse do Obama.

A mesa de sinuca no quarto presidencial.

E por falar de coisas baratas, o supervisor das camareiras é um barato! Ele é espanhol e o nome dele é Jesus, então vocês já devem desconfiar quantas piadinhas com o nome dele deve sair...

Outro dia eu perguntei pra alguém o que Jesus tinha dito no corredor, porque eu cheguei atrasada e responderam: "Venham a mim todos os que tiverem com o fardo pesado." Eu nunca ri tanto na minha vida. Mas o Jesus é uma piada. Outro dia eu falei que a gente podia fazer um churrasco e ele me perguntou se a carne ia ser de pinguim, por causa do frio.

Mas o fardo ainda não está muito pesado. Ainda não estão mandando a gente limpar 18 quartos por dia, mas mesmo os 6 que a gente limpou no último dia foram bem tranquilos. Ainda não vi nada muito bizarro. O que mais me incomoda é arrumar as camas. Levo uns 20 minutos pra fazer uma daquela, e o colchào é pesado e chato de levantar...

Essa semana o serviço secreto, que nem é tão secreto porque eu vi eles, estava lá. O Sonny falou que acha provável que tenha uma baile com a família Bush no hotel. E que é praticamente impossível que a gente chegue 1 km perto dele, o que no hotel é uma coisa simples de fazer. Eles tem entradas secretas e altos esquemas de segurança lá. Eu até pensei em tentar descobrir, mas como às vezes não acho nem o caminho do nosso refeitório, eu desisti. Outro que deve ficar lá é o Nelson Mandela, eu ouvi falar.

Nos jornais eu vi que o Tom Hanks, Mel Gibson, Beyoncé e mais um monte de artistas vão estar em Washington esses dias por causa da posse do Obama. Se eu ver unzinho já vou ficar feliz. O Gaylord espalhou vários cartazes dizendo pros funcionários não enlouquecerem caso isso aconteça. Mas eu acho que eu vou enlouquecer se eu ver o Tom Hanks ou o Mel Gibson... No dia 19 e 20 o hotel vai estar 100% lotado, vai ser uma loucura pelo jeito...

Sobre os passeios a Washington, tivemos 4 dias pra passear até agora. Na sexta passada eu e a Denise fomos para o Capitólio, Casa Branca, Memorial de Lincoln, essas coisas que todo mundo que vem aqui tem que ver. No meio do caminho fomos entrevistas por uma rádio local pra saber nossa opinião sobre a posse do Obama. Foi muito engraçado, mas acho que eu falei direitinho. Depois ainda passamos por uma passeata para libertar a Palestina...

No fim da tarde encontramos com o primo dela e saímos para Georgetown e comemos no ESPN Zone, um restaurante de quatro andares e repletos de tvs e coisas esportivas. No sábado fomos para o centro de Alexandria, que é a cidade que a gente está e é muito linda e fomos fazer umas comprinhas em um shopping em Washington.

No jardim botânico nacional.

Mas ontem ainda fomos para um outlet gigante chamado Potomac Mills e hoje sai sozinha porque metade do pessoal foi pra Nova York. Conheci uns 5 museus e o jardim botânico de Washington. Todos são de graça e são muito bons! Adorei principalmente o de aviões, onde meu irmão, que quer ser piloto, provavelmente ficaria piradinho. Mas o da história natural também era demais! Sempre quis ver esses dinossauros gigantes pendurados!

Washington estava bem movimentado e agora já têm vários carros de jornais e muitas pessoas perto do capitólio e da casa branca.

Eu devia parecer uma turista perdida porque no meio do caminho veio um pessoal me zoar perguntando se eu sabia porque estava tudo cheio de gente e noticiários lá. Eu dei risada e falei que era por causa do Obama. Eles deram risada e fiquei conversando com o pessoal uns cinco minutos.

Bem, acho que basicamente foi isso o que aconteceu. Amanhã voltamos ao trabalho e essa semana vou levar minha câmera todos os dias pra ver se acontece alguma coisa divertida lá no hotel.

Mais um parabéns para o Pablo que fez aniversário ontem e que foi o único que comentou no meu blog da minha vez e merece. E eu sei que mais gente anda vendo porque eu to com o analytics bem razoável, mas o pessoal tem preguiça de comentar... Então só levo presente pra quem comentar a partir de agora! hauhaua!

Um bjo pra todos!

New York, New Year

Hi!

Entre esse meio tempo que eu to tendo pra despedir do pessoal aqui no hotel e arrumar minhas coisas, arranjei um tempinho pra escrever aqui.

Despedir porque finalmente eu decidi que vou pra Washington trabalhar no Gaylord. Era pra eu ter ido ontem... Me despedi de todo mundo, ganhei muitos chocolates e presentes, mas depois ligaram falando que eu ia ser transferida hoje. Foi engracado ver o pessoal de novo hoje, fica todo mundo perguntando se eu vou ficar, pra devolver os presentes... hauahau

As filipinas, a Erica e a Myra, ja disseram que nao querem se despedir de mim, e toda hora que a Myra fala nisso ela comeca a chorar, muito aperto no coracao me da.

Mas minha principal razao de escrever no blog hoje eh para contar sobre minha viagem pra nova york!

Foi demais!

Na tarde da viagem foi a maior correria pra comprar as passagens no site do onibus do china que eh muito mais barato que se fosse no convencional. E la pelas 11 horas fomos pro lugar onde se pega esse onibus.

Chineses gritando, americanos gritando, eu e a Helga, a chilena, perdidas no estacionamento sem saber onde estava nosso onibus. Entao achamos um cara de uns 20 anos com cara de chines e perguntamos qual era o onibus que ia pra Nova York. Ele falou que ele era o motorista e que o onibus que ia pra Nova York estava lotado. Ai eu falei que tinha as passagens e ele entrou no onibus, expulsou dois caras e a gente entrou. Foi muito engracado.

A viagem foi ate que rapida. E logo estavamos em Nova York. Meu coracao estava acelerado. Logo achamos um metro...

Primeira para - CENTRAL PARK - estava lindo, sem folhas nenhuma, muitos muitos cachorros, pessoas anadando correndo, fazendo nada. Andamos por la uns 40 minutos ate chegar ao museu metropolitano de arte, que fica no parque.

MUSEU METROPOLITANO DE ARTE - foi muito legal entrar la, eh um labirinto de todos os tipos de arte do mundo. Desde egipcia, indios, grega, pinturas famosas, fotos, esculturas.... A cada sala que a gente entrava era uma exclamacao...

Na saida encontramos com o irmao do meio irmao da Helga, que eh um chileno, ele nos levou ate ate o ROCKFELLER CENTER, depois para onde estava o WORLD TRADE CENTER e finalmente para a PONTE DO BROOKLIN e a gente foi em um bar onde dava vista para ponte. Ainda fomos para um restaurante bbrasileiro, onde pude matar a vontade de comer arroz com feijao e de beber uma caipirinha. O dono era brasileiro, super gente boa! Depois fomos para o Queens, onde ele mora e onde ele arranjou um lugar pra gente ficar.

Quando acordamos no ultimo dia do ano estava nevando muito. A segunda neve da minha vida...

Pela manha fomos para Manhatan conhecer as lojas. Era muito engracado, mas tinha loja que eu entrava e parecia que eu estava no Brail, de tantos brasileiros que tinham em volta. E depois para o EMPIRE STATE. Subir la custa 20 dolares, mas acho que vale a pena. Apesar de nao poder enxergar muito longe, por causa da neve, a vista era muito linda.

Depois de comer um lanche no Wendys, passeamos pela BROADWAY, fomos direto para a TIMES SQUARE. Eram umas 6 da tarde, 9 no Brasil. Todo mundo falou que era pra gente chegar cedo se quissesse ver alguma coisa. A policia de NY fez o maior cerco, revistou todo mundo, as bolsas e la fomos nos para a contagem regressiva mais famosa do mundo. De uma em uma hora eles faziam uma contagem regressiva no telao e falavam 5 horas pra 2009!

No meio daquela bagunca, vi uma menina sozinha do meu lado falando portugues no celular. Era a Marcela, de BH e ela estava realmente sozinha la, a maluca. Logo ela se juntou a mim e a Helga. E faltando mais uma hora encontramos mais um grupo de 5 brasileiros e um alemao pra festejar.

A bola que cai nao eh tao grande assim. Achei que fosse maior... Mas era emocionante estar ali no meio daquela multidao. O frio era de congelar os ossos, -10C eu acho que chegou. Toda hora aperecia no telao se voce esta congelado, grite... e todo mundo assobiava, porque era meio dificil gritar no frio. Ficamos pulando com os shows que tinham, Jonas Brothers, e mais uns que eu nao conhecia muito bem pra se esquentar.

Depois da contagem regressiva todo mundo foi embora bem rapido e decidimos que iriamos para algum lugar. Fomos para uns 5 lugares antes de escolher uma boate bem legal no Village, um bairro de NY, de onde vieram o Village People... Foi super divertido. Ficamos la ate umas 6 e meia da manha, despedimos da brasileirada e fomos para o metro direto para a estatua da liberdade, sem dormir.

A Helga tava numa super ressaca e tive que guiar ela feito um zumbi. Qualquer lugar que a gente parava pra sentar ela dormia. Pagamos 12 dolares pelo barco da ESTATUA DA LIBERDADE. Outro passeio que valeu super a pena. Alem da estatua eles tambem levam voce para uma outra ilha, a Isle Island, onde os imigrantes chegavam em NY antigamnete e onde foi filmado uma cena de Hitch, o conselheiro amoroso... hauahua

Nosso ultimo dia terminou com um passeio pela CHINATOWN onde comemos yakisoba e fomos para o nosso onibus, onde voltamos desmaiadas de sono.

Para todos os intercambistas que estao perdidos pelos EUA: visitem Nova York, vale muito a pena!

Bjo para todos!

Uma tentativa fracassada de resumir meus ultimos quase 30 dias

Hi!

Depois de tantos pedidos de fas pela volta do meu blog, e depois de cansar de escrever tantos emails com o mesmo assunto para varias pessoas, resolvi recolocar o blog no ar.

Um hacker sacana roubou meu e-mail, msn, orkut e o blog. Fiquei e ainda estou meio atrapalhada na vida virtual... Bem, na vida real tambem. Mas isso daqui a pouco eu conto.

Meu email aninhapaulinha_ms@hotmail.com ja esta de volta, juntamente com o msn, mas estou querendo passar meus contatos para outro email, entao me aceitem se uma outra Ana pedir pra ser aceita no msn.

E ai vai. Uma tentativa de recolocar todas as novidades em dia:

No restaurante tudo certo, muito trabalho, as gorjetas aumentaram nesse finalzinho de ano com o famoso espirito natalino. (acho que eu ter pego um pouco mais de pratica na coisa deve ter ajudado tambem. Pelo menos agora eu sei a diferenca entre um biscuit, um english muffin e um bagel...)

A Gabriela chegou aqui no dia 5 de dezembro. Uma companheira de quarto maravilhosa: fazia e bagunca e era tao pao-dura quanto eu sou. Resultado, muitas risadas em nossas compras no wal mart e nas nossas tentativas de organizar o quarto... Ela veio trabalhar como housekeeper... camareira, mas o trabalho nao estava muito bom por aqui, por causa da crise. Ela nao estava trabalhando quase nada...

E depois vieram os meninos, o Filipe e o Pablo de minas e o Diego de Curitiba. O Filipe e o Pablo mataram um pouco a saudade de Minas, onde eu provavelmente estaria a caminho se nao tivesse aqui. E o Diego, velho conhecido de Curitiba, a pessoa mais calma e sabia da turma...

Tambem chegou a Helga, uma chilena muito gente boa. Que vai ser garantia de estadia quando eu for visitar o Chile... Ela foi a unica que veio pra trabalhar como garconete tambem.

10 dias. Os mais divertidos desde minha chegada a essa terra distante. Saimos muitas vezes, ficamos ate de madrugada conversando e rindo sobre o que acontecia no dia a dia, brincando de cartas ou mimica. Me sentia em casa de novo.

Numa outra noite chegaram mais dois argentinos, o Renzo e a Mariana. Conheci a Fernet, uma bebida argentina com gosto de remedio e tambem que bebada em espanhol é boracha. Mas foi muito divertido.... A maior torre de babel em um unico quarto. E no outro dia, descobri que todo esse pessoal legal ia embora, menos a Helga. Fiquei na duvida, pensei muito e decidi que ficaria aqui, mas ainda estou um pouco arrependida.

A turminha do barulho.

Uma noite antes do pessoal ir embora chegou o Karlison, um menino de recife, que na primeira vez que eu ouvi ele falando achei que era outra lingua. Ainda estamos com certos problemas comunicacionais, mas ele tambem é muito legal.

Tive muita sorte de ter conhecido esse pessoal. Mas as vezes desejo que eles nao fossem tao legais pra eu nao sentir tanta saudade como estou sentindo...

Ai voltei a quase mesma rotina de antes desde sabado. Tirando que agora tenho a Helga e o karlison pra me fazerem companhia. Ah! E agora tenho tambem meu laptop! Que é meu presente de natal pra mim mesma, ja que esse ano o papai noel parece ter esquecido de mim...

No dia 24 eu trabalhei ate as 8 da noite pra descobrir que os americanos nao comemoram a noite de natal... Ai liguei pra minha familia e chorei, tentei ligar pro meu namorado e nao consegui e chorei, os brasileiros que me abandonaram me ligaram e eu chorei. Nao foi uma noite de natal tao divertida. Ficamos eu a Helga e o karlison no quarto ate uma meia noite e pouco perguntando o que a gente poderia fazer, ate a Helga ir dormir porque ela ia trabalhar no dia seguinte.

Tambem a maior enganacao esses filmes americanos que nevam no natal... so fiquei esperando um floquinho de neve cair e nada... Tava ate calorzinho ontem.

A netinha da Kathy, a gerente do restaurante.
Mas hoje, ou melhor ontem, foi bem mais legal. Almocamos no restaurante com o pessoal do hotel e mais uns familiares. Comi um monte e brinquei com a netinha da minha gerente. Depois, eu a Helga e os filipinos fomos pro cinema ver Sebastian... acho que esse era o nome. Um filme com o Brad Prit. Minha primeira vez em um cinema sem legendas! Pedi uma bebida enorme e muito doce que me deu vontade de fazer xixi toda hora... hauahua


Agora, estou em uma nova crise! Fica a duvida se vou no dia 3 de janeiro pra Washington ou nao. Ainda posso decidir isso ate dia 29... Quando eu vou pra NY passar o ano novo. (eu sei, chique demais!) Depois eu volto pra ca e vou direto, ou nao, pra Washington.

Pros da minha ida:

- vou pra um lugar que tem mais coisas pra fazer. (descobri que doswell pode ser a cidade onde judas perdeu as botas.)

- vou ter a chance de estar em um momento historico importante e de ate morrer nele... se esse papo de terrorismo for verdade... (pra quem nao sabe a posse do obama é dia 20)

- o hotel Gaylord eh muito legal.

- mas chances de second job, se bem que com essa crise minhas chances sao poucas...

Contras da minha ida:

- la vou ser camareira e nao garconete, por isso vou falar menos ingles.

- e ganhar menos, pq nao tenho gorjetas.

- a casa tambem vai ser mais cara.

- eu posso morrer la. (to brincando gente...)

Entao, quem quiser oferecer as opinioes, sugestoes e criticas...

É só comentar...

Karlison (recife), eu (eu), Myra (filipina), Erica (filipina), Helga (chilena), John (americano e gerente dos camareiros) e Dave (america e gerente do restaurante) no natal.

Para ver mais fotos: www.picasaweb.com/anapaulademourasouza

Muitas saudades de todos ai no Brasil...

bjo!